De uns tempo para cá, Leo e eu estamos tentando fazer uns programas, na verdade, viagens sozinhos. Coisa de casal. Pelo menos uma vez por ano. Desde que casamos, fizemos isso duas vezes apenas. Da primeira vez foi um pouco doído porque a Ma tinha apenas dois aninhos, ou seja, o Gui ainda não fazia parte da família. Apesar de ter sido muito bom (fomos para Ilha Grande-RJ, recomendo) a nossa pequena sentiu bastante. Lembro que quando chegamos ela virou a carinha para gente - quase um protesto.
Pois bem, depois disso demoramos cinco para retomar o projeto. O Gui passou a fazer parte da família e fizemos a segunda lua de mel sem babys (fomos para Buenos Aires, que também recomendo). Faz um ano que essa viagem aconteceu. Nossa a diferença foi gritante. Os pequenos não sentiram a menor falta. Ou melhor, a Marina ficou bem resolvida e o Gui seguiu o ritmo da irmã. Eles ficaram na casa dos meus sogros, a gente ligava para saber se estava tudo bem e pelo tom da voz dava para perceber que estava tudo ótimo. Melhor assim.
Agora (no próximo fim de semana, para ser exata) vamos ao Rock in Rio ver Redhot, banda da nossa adolescencia. E novamente vamos deixa-los. Os dois já sabem da viagem e ficaram perguntando a semana inteira quando finalmente nos iríamos. Eles queriam saber quando poderiam dormir fora de casa. A Ma vai ficar na minha irmã, também conhecida como madrinha dela. E o Gui com os meus sogros. Sempre tento poupar minha mãe dessas tarefas. Ela já cuida deles a semana toda, né!
Enfim, quase véspera da viagem a Marina chegou em casa perguntando se podia arrumar suas coisas e se precisava de ajuda com as do Gui para passar o final de semana fora. Parecia até que era ela que ia viajar. Estava até mais empolgada do que eu, se bobear. E olha que eu AMO viajar, para qualquer lugar que seja. Eu, pasma, perguntei 'nossa filha, você não vai sentir falta de mim'. Sem resposta, percebi que ela continuou pensando o que precisaria levar. Acho que não queria me magoar dizendo a verdade. Ou seja, está mais que claro que a gente se ama muito, mas que cada tem sua vida. Não quero ser exagerada, mas me sinto muito confortável sabendo que ela, ou melhor eles (Gui também ficou bem animado com ideia de passar uns dias com vovó. Quando contei ele deu um gritinho de 'yes') ficam bem sem a gente. Vamos ver como será quando for ao contrário. Eles viajando, passeando, se divertindo e deixando a gente em casa.